Marcos José Barros Resplandi, de 35 anos, e José da Conceição Pereira, de 60 anos, irmão e amigo da suspeita, respectivamente, também são réus no mesmo processo. De acordo com a decisão da 1ª Escrivania Criminal de Arapoema, os dois contribuíram para a ocultação do cadáver, enrolando o corpo em lençóis e enterrando em uma vala cavada nos fundos da casa.
A Defensoria Pública, que seria responsável pela defesa de Gleiciane Barros, foi procurada, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos outros dois réus.
Segundo a investigação da polícia, o crime aconteceu na madrugada do dia 12 de janeiro de 2025, na casa do casal, em Arapoema. Elielson foi assassinado com dez facadas na região do pescoço e tórax. A arma do crime não foi encontrada.
A Polícia Militar (PM) chegou até a mulher após uma denúncia anônima. Gleiciane confessou o crime e levou os policiais até o local onde o corpo havia sido enterrado.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra a cova aberta pelos suspeitos para ocultar o corpo da vítima. Próximo ao buraco é possível ver lençóis e duas pás que supostamente teriam sido utilizadas pelos suspeitos (veja vídeo acima).
Cova onde homem foi enterrado após supostamente ser morto pela esposa — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Após o crime, a mulher foi autuada em flagrante na Central de Polícia Civil de Colinas e encaminhada para a Unidade Penal. A motivação do crime teria sido uma discussão entre o casal.
A juíza Gisele Pereira de Assunção Veronezi recebeu a denúncia e determinou a intimação dos três acusados para que respondam ao processo dentro de dez dias, contados a partir da intimação nesta segunda-feira (4).
Os três vão responder por homicídio qualificado por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver.