Assim que tiver alta médica o prefeito de Palmas Eduardo Siqueira Campos poderá ir para casa e ficará em prisão domiciliar. A decisão é do ministro Cristian Zanin.
Aliados políticos comemoram e repercutem o assunto. Vários ouvidos pela Gazeta analisam que esse é um passo importante para que ele retome também posteriormente o mandato.
Eduardo teve um infarto e passou por um cateterismo no HGP. Ele passou os últimos 10 dias no QCG em Palmas.
Presidente estadual do Podemos, Tiago Dimas
Neste momento, o que mais importa é sua plena recuperação de saúde, e estar em casa, junto à família, é fundamental para isso.
Continuamos confiantes na sua integridade e convictos de que, em breve, Eduardo estará novamente à frente dos trabalhos em favor de Palmas.
O afastamento e a prisão dele geraram uma instabilidade política e administrativa em Palmas principalmente diante das mudanças feitas pelo interino Pastor Carlos Eduardo e dos vários desligamentos de cargo voluntários que houve em solidariedade a ele.
Vários vereadores também repercutem a decisão e torcem pelo retorno de Eduardo Siqueira.
Deputado federal Vicentinho Alves
Em oração e fé, seguimos confiantes de que tudo dará certo. Que Deus transforme toda dor em esperança, toda angústia em paz. Estamos juntos nessa caminhada, prefeito Eduardo.
A Operação
O prefeito foi preso preventivamente na nova fase da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de vazamento de informações sigilosas oriundas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de Eduardo, também foram presos o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz.
Segundo a investigação, os investigados teriam acessado e compartilhado antecipadamente dados confidenciais para beneficiar aliados e frustrar ações da Polícia Federal. Eduardo Siqueira é suspeito de ter recebido informações privilegiadas por meio do advogado Thiago Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Na primeira fase da operação, em 30 de maio, Eduardo foi alvo de busca e apreensão, mas seguiu no cargo. Após a prisão, o vice-prefeito Carlos Velozo (Agir) assumiu interinamente a Prefeitura de Palmas.
A Prefeitura reiterou que as investigações não têm relação com a atual gestão municipal. Eduardo Siqueira tem recebido manifestações de apoio de aliados e moradores da capital.