Uma operação retirou do fundo do Rio Tocantins uma caminhonete que caiu com a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A retirada foi realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com apoio da Marinha do Brasil, e se trata do primeiro veículo a ser içado após quase oito meses do acidente.
De acordo como DNIT, nesta quarta-feira (20) foi retirado o primeiro veículo do leito do rio, com apoio de oito mergulhadores. Para a manobra, foram usados balões de reflutuação com capacidade aproximada de cinco toneladas.
Rebocadores arrastaram a caminhonete até a margem do rio e, após isso, foi retirada da água com ajuda de um guindaste. Um vídeo gravado pelo vereador de Aguiarnópolis, Elias Júnior, mostrou a ação da equipe.
A Marinha do Brasil acompanhou os trabalhos para retirada do veículo da água fazendo o monitoramento levando em consideração a ‘complexidade do ambiente subaquático e dos riscos envolvidos’, destacou o DNIT.
O órgão ressaltou que ainda estão no rio quatro caminhões e dois veículos de porte médio. A retirada de todos vai levar pelo menos três meses, já que se trata de uma ação complexa e que vai levar em consideração a situação que está cada um dos veículos, já que alguns estão soterrados ou presos nos escombros da ponte.
Momento da retirada da caminhonete do Rio Tocantins — Foto: Divulgação/Instagram Elias Junior
Desabamento da ponte e consequências
Na época foi apurado pelas forças de segurança que duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões passavam pelo local no momento que a ponte desabou. Três desses caminhões carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos, que ainda estão no fundo do rio com os veículos.
Um laudo da Polícia Federal que analisou as circunstâncias do colapso da ponte, apontou que havia 1,3 mil galões no fundo do rio. Até a conclusão do documento, em maio de 2025, somente 29 haviam sido retirados. A previsão para retirada de todo o material seria setembro de 2025.
As ações para início da retirada dos veículos e posterior remoção dos galões dependeu de um mapeamento da área e um estudo técnico, conforme detalhou o departamento anteriormente.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também atua para garantir que o meio ambiente não seja prejudicado pelos materiais que estão na água, informou que está sendo ‘elaborado um relatório sobre o assunto após a visita de equipe ao local para vistorias’.
Ponte sobre o Rio Tocantins, entre Tocantins e o Maranhão, desabou em dezembro de 2024 — Foto: Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins